quarta-feira, 30 de março de 2011

Ser Jovem no Séc. XXI

Ser jovem no século XXI é ter indepêndencia mesmo dependendo de seus pais,
É acreditar que temos liberdade mesmo aprisionados pelo capitalismo,
É comprar tênis da Nike, comer Mac'Donalds, beber Coca-Cola e não se preocupar sobre o por quê fazemos isso,
É assistir Pânico na Tv todos os domingos e não ler ao menos um livro por mês,
É acreditar que o mundo vai melhorar e não fazer nada para que isto aconteça,
É "encher a cara" nas baladas, todos os finais de semana e não ter a capacidade de se divertir sem estar bêbado,
É falar besteiras o tempo todo e não saber o que está acontecendo com a política de seu país,
É ter uma religião e acreditar em seus dogmas somente quando se está precisando de uma "bênção",
É pensar que a única maneira de ser feliz é possuindo mais dinheiro que o restante da população,
É saber que o meio ambiente está um caos e mesmo assim continuar jogando lixo no chão,
É comprar roupa "da moda" e se vestir como todo mundo, mostrando que não tem personalidade própria,
É criticar os políticos e não saber em quem votou na última eleição,
É falar inglês e não saber falar corretamente a própria língua,
É usar camisetas com a bandeira dos Estados Unidos e não respeitar o que está escrito na bandeira de seu próprio país,
É assistir Big Brother acreditando que este é a realidade, enquanto na verdadeira realidade as pessoas não brigam por 1 milhão - elas brigam por comida.


Enfim, ser jovem não é difícil, mas provavelmente seria mais proveitoso utilizar nossa força e disposição para promover um mundo melhor ao invés de vivermos somente ao redor da ostentação.

- Viva a juventude do Século XXI, pois estes são os alicerces da nossa sociedade do futuro -

DEUS E MAMON

Na antigüidade, conforme sabemos, eram cultuados muitos deuses. Mamon, contudo, não era o nome de uma divindade e sim um termo de origem aramaica que significava dinheiro, riqueza. Jesus, no Evangelho, afirmou que não era possível servir simultaneamente a Deus e a Mamon (Lucas 16:13).

Lembrando que na linguagem evangélica e consoante os costumes da época, servo era aquele que obedecia às ordens de um senhor e que as determinações divinas se acham sintetizadas no "amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo", o que seria servir a Mamon? A que diretrizes obedeceriam seus seguidores? Evidentemente, àquelas resultantes do egoísmo aplicado ao relacionamento humano, quais sejam: dureza, agressividade, astúcia, desonestidade...

As duas posições são realmente inconciliáveis. Devemos notar, contudo, que o Mestre não condenou a riqueza em si e relacionou-se fraternalmente com pessoas de todas as posições sociais. Na verdade a riqueza constitui também um tipo de prova, de experiência para o espírito que deve aprender a administrá-la de tal sorte que ela multiplique o trabalho e promova o progresso.

O que Jesus realmente reprovou foi o apego à posse material e o desejo de consegui-la a qualquer preço o que ainda hoje ocorre com freqüência e levou um filósofo de nossa época a afirmar que a religião do homem moderno era o "monoteísmo do mercado", expressão severa mas que traduz bem a atitude dos que buscam a posse como um fim em si mesma, fazendo dela o centro de suas vidas, a condição essencial de sua felicidade.

terça-feira, 29 de março de 2011

Doutrina, usos e costumes

Os usos e costumes são uma velha questão nos círculos pentecostais. Os usos e costumes fazem parte de todas as instituições e sociedades. Todas as igrejas têm as suas tradições, impostas ou espontâneas. Por muito tempo se confundiu costumes com doutrina, mas há diferenças significativas entre esses conceitos.

O que é costume? O lexicógrafo Aurélio Buarque de Holanda definiu costume como “uso, hábito ou prática geralmente observada”1. O dicionarista Adriano da Gama Cury definiu, de maneira mais completa a palavra costume, como “uso, prática habitual; modo de proceder; característica, particularidade; prática jurídica ou religiosa não escrita, baseada no uso; moda; traje característico ou adequado...”2. Essas definições mostram que o costume é um hábito repedidamente adotado por um determinado grupo social. Os costumes fazem parte da identidade de uma instituição.

O que é doutrina? No Novo Testamento, a palavra mais usada para doutrina é didache e significa ensino, instrução, tratado e doutrina. Segundo o teólogo Claudionor Corrêa de Andrade, doutrina é a “exposição sistemática e lógica das verdades extraídas da Bíblia, visando o aperfeiçoamento espiritual do crente”³. Doutrina, portanto, é o resultado do um ensino teológico, adotado por uma denominação ou religião.
O pastor Antonio Gilberto, M.D., apresentou em seu livro Manual da Escola Dominical4, algumas diferenças entre usos e costumes, e neste artigo será apresentada outras diferenças, além da lista exposta pelo grande teólogo pentecostal.

a) A doutrina é de origem divina, o costume é de origem humana.
A doutrina é divina pois está baseada na inspirada Palavra de Deus. Para um idéia ser doutrina bíblica, é preciso que ela esteja exposta por todo o texto sagrado. Nunca uma verdadeira doutrina é baseada em textos isolados.
O costume é imposto por convenções humanas de maneira espontânea ou obrigatória, sendo assim, o costume é humano. Há muitos que tentam achar textos bíblicos para justificar a perpetuação de sua tradição, mas normalmente praticam a eisegese5, ou seja, dizem o que bem querem e tentam justificar na Bíblia. O teólogo Esdras Costa Bentho, escrevendo sobre a eisegese, disse:

O intérprete está cônscio de que a interpretação por ele asseverada não está condizente com o texto, ou então está inconsciente quanto aos objetivos do autor ou do propósito da obra. Entretanto, voluntária ou involuntariamente, manipula o texto a fim de que sua loquacidade possa ser aceita como princípio escriturístico. 6

Tentar justificar na Bíblia as tradições é uma tarefa que tem levado a muitas distorções bíblicas. O melhor é reconhece-la com humana.

b) A doutrina é imutável, o costume muda.
A doutrina é permanente, ela nunca muda. A doutrina da justificação pela fé, exposta principalmente nos primeiros capítulos de Romanos, nunca mudou e nem deve ser mudada. Doutrina (bíblica) mudada é heresia. Quando Lutero resgatou a doutrina da justificação pela fé, ele orientou a igreja a voltar na perspectiva bíblica sobre o assunto. São passados mas de dois mil anos e essa doutrina nunca mudou no verdadeiro cristianismo.
O costume não é imutável. No Brasil era comum os cidadãos andarem pelas ruas de chapéus, tanto homens como mulheres, passados os anos não há mais essa costume no país. Antigamente, os pais escolhiam com quem a sua filha casaria, mas também esse costume mudou. É necessário que o costume mude, pois o ele está ligado à cultura local, e toda cultura é dinâmica. Mudar alguns costumes não significa passar do são para o diabólico, como muitos pregam. A mudança é inevitável e deve ser bem orientada, mas como enfatizado, é sempre necessária. É bem relevante o que o teólogo britânico John Stott escreveu no seu livro Cristianismo Equilibrado7:

Quando resistimos a mudanças- sejam elas na igreja ou na sociedade devemos perguntar-nos se são na realidade, as Escrituras que estamos defendendo(como é nosso costume insistir ardorosamente) ou, se ao contrário, é alguma tradição apreciada pelos anciãos eclesiásticos ou de nossa heranças cultural. Isto não quer dizer que todas as tradições, simplesmente por serem tradicionais, devam a qualquer custo ser lançadas fora. Iconoclasmo sem crítica é tão estúpido quanto conservantismo sem crítica, e é algumas vezes mais perigoso. O que estou enfatizando é que nenhuma tradição pode ser investida com uma espécie de imunidade diplomática à examinação. Nenhum privilégio especial pode ser-lhe reivindicado.

Algumas igrejas estão impondo mudança de costumes, isso é um erro, que sempre levará a exageros. Os costumes mudam naturalmente, mas devem seguir orientação para não levar a práticas anti-bíblicas. As igrejas sem orientação pastoral tem aderido a costumes extravagantes, como bailes fanks em meio ao culto. Tudo deve ser feito com equilíbrio, nada de permissividade e nem de legalismo.

c) A doutrina é universal, o costume é local.


A doutrina é universal no sentido que é para todos os povos em todas as culturas. Proclamar que Jesus é o salvador faz sentido no Brasil em 2007, como para os indianos que foram evangelizados pelo apóstolo Tomé, o primeiro missionário daquela nação, ainda no primeiro século da Era Cristã.
O costume é local. Os homens na Escócia usam um tipo masculino de saia; no Siri Lanka é também costume as saias para homens. Saia na maior parte do Ocidente é roupa exclusivamente feminina. No Brasil é comum comer peixe cozido ou frito, no Japão se come peixe-cru.

d) A doutrina santifica, o costume não santifica.


A doutrina bíblica santifica o crente mediante a Palavra de Deus. Jesus disse; “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”(Jo 17.17). O ensino da Palavra de Deus, ou seja, das doutrinas bíblicas, é um dos meios que Deus usa para levar o crente a uma vida reta, assim como escreveu o salmista: “Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra”(Sl 119.9). John Henry Jowett disse: “Você não pode abandonar os grandes temas doutrinários e ainda assim produzir grandes santos”, e o pastor A. W. Tozer escreveu: “O propósito que está por trás de toda doutrina é garantir a ação moral”. Por isso é bom lembrar que a doutrina bíblica produz, naturalmente, bons costumes.
O costume não pode santificar. Quem acredita na santificação por meio dos costumes, normalmente, é um escravo do legalismo. O pastor Antonio Gilberto escreveu a respeito do erros em relação a santificação e citou o engano de associar exterioridade com santidade: “Usos, práticas e costumes. Esses últimos, quando bons, devem ser o efeito da santificação, e não a causa dela”.8 E bem relevante o que escreveu o pastor Ciro Zibordi no prefácio do livro Verdades Pentecostais:

Conservar não significa possuir uma falsa santidade, fazendo dos usos e costumes uma causa, e não um efeito. Como pode ser ao longo dessa obra , a observância da sã doutrina leva-nos a ter santidade interna e externa, o que implica vida santa a partir do espírito (1Ts 5.23) e manutenção dos bons costumes. Estes, pois, não devem gerar doutrinas, como vem acontecendo em algumas igrejas não legitimamente avivadas, para prejuízo de seus membros.9

O farisaísmo se caracterizava por associar sua obras com salvação. Há muitos que fazem dos costumes doutrina e assim, pensam que para serem salvos precisam fazer isso ou aquilo. Como dizia Lutero: “As boas obras não fazem o homem bom; mas o homem bom pratica as boas obras”. A inversão dessa ordem cria escravos do farisaísmo e não servos do Altíssimo.

e) A doutrina é um princípio, o costume é um preceito.

Há diferença entre princípio e preceito? Sim. O pastor José Gonçalves escreveu: “Os preceitos apontam para princípios e não o contrário. Um princípio é aquilo que está por trás do preceito ou norma”.10 Por exemplo, usar uma roupa social em um tribunal é uma norma, um preceito. O princípio ou doutrina por trás dessa norma é que o tribunal é um lugar sério e não ambiente de entretenimento, onde possa ir de jeans ou short.

f) A doutrina é verdade absoluta, o costume é uma verdade relativa.


A doutrina é sempre verdade absoluta, ou seja, é para todos, em todas as épocas e em todos os lugares.
O costume é relativo, como lembra o pr. Geremias do Couto:

Ao insistirmos nos absolutos, não queremos afirmar que não haja também conceitos relativos. Essa diversidade se manifesta, por exemplo, nas comidas típicas de cada país, nos estilos da arquitetura, no estilo da vestimenta e até mesmo em relação à hora de dormir, que depende do fuso horário. Mas tais circunstâncias relativas acabam apontando para princípios biológicos absolutos; todos precisam alimentar-se, todos precisam dormir.11

O costume, por ser relativo, não deveria ser imposto como obrigação. Era comum missionários europeus tentarem impor os costumes do norte em países da Ásia e da América. Hoje, o conceito de transculturação está ajudando muito em relação a esse problema.

Há muitas outras diferenças entre doutrina e costumes, mas fica apontado que ambas não são a mesma coisa, porém estão ligadas umas as outras. O bons costumes são aqueles que não escravizam o crente, colocando um jugo que Jesus tirou na cruz, mas sim, é resultado da boa doutrina.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Crer e Acreditar

Sua dúvida diz respeito à salvação somente pela fé, ou seja, só pelo ato de crer. Quanto ao versículo que citou, conforme escutou numa rádio, ou seja, Tiago 2.19, alí não diz que o diabo é crente, mas que os demônios crêem que há um só Deus, e não só crêem como também estremecem. Mas não é o fato de crermos que há um só Deus que nos dá a salvação. Os muçulmanos (maometanos) crêem que há um só Deus e nem por isso estão salvos. Não é por crermos que há um só Deus que somos salvos, mas por crermos em Jesus Cristo; por aceitarmos que Ele é o sacrifício enviado por Deus para a remissão (retirada) de nosso pecado. E que Ele ressuscitou ao terceiro dia, tendo assim o Seu sacrifício sido aceito por Deus (Leia 1 Co 15.1‑4).

Existe uma diferença entre CRER e ACREDITAR. Apenas para dar um exemplo, uma pessoa podia ACREDITAR que o Dr. Zerbini (famoso cirurgião brasileiro) era capaz de fazer um transplante de coração. Porém, tal pessoa teria que CRER na habilidade daquele cirurgião (e achar‑se doente) para deitar-se numa mesa de operações e permitir que o médico lhe tirasse o coração para colocar outro no lugar.

O fato de crer não se trata apenas de "saber" ou "acreditar" a respeito de algum assunto, mas receber em sua própria vida a ação daquilo ou daquele em quem se crê. No caso da salvação, cremos ao aceitarmos a Cristo como Salvador, o que demônio algum fez e jamais fará. Aqueles que usam erradamente a passagem em Tiago o fazem com malícia e tendo segunda intenção, ou seja, tentar convencer as pessoas de que não basta apenas crer em Cristo, mas que também seria preciso fazer alguma coisa mais, como se a Obra de Cristo não fosse perfeita.